Blog do João Ricardo Lebert Cozac: 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O gol de Tostão!



O gol que o Tostão acabou de marcar foi o maior da sua carreira.
25/09/09 - 18h - Presidente Lula define prêmio para jogadores que venceram a Copa do Mundo; valor pode chegar a 465 mil reais
O presidente Lula e a Associação dos Campeões Mundiais do Brasil negociam aposentadoria e indenização para os atletas da seleção que ganharam Copas do Mundo. O benefício valerá inicialmente aos ex-jogadores de 1958 e se estenderá, posteriormente, a quem atuou nos Mundiais de 1962, 1970, 1994 e 2002. Reunião na Casa Civil discutiu as cifras a serem pagas aos campeões. Inicialmente, o valor negociado para cada um gira em torno de mil salários mínimos, no caso da indenização (465 mil reais), e de dez salários mínimos (4.650 reais), o teto da Previdência, para a aposentadoria. A expectativa é que o anúncio da nova medida seja feito pelo governo na próxima semana.

O texto abaixo foi escrito por TOSTÃO, ex-jogador de futebol, comentarista esportivo, escritor e médico, e foi publicado em vários jornais do Brasil:
Tostão escreveu:-
Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas.

Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia.

O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época..

O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias.

É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades.

A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda.

Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo . Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria.

Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem.

Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros.

Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação.

Tostão

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Auto-ajuda ... ajuda mesmo? (site www.terra.com.br)

Um famoso guru de autoajuda americano foi acusado formalmente nesta quarta-feira de homicídio culposo pela morte de três pessoas em um retiro no Arizona, em que ele oferecia palestras motivacionais e tratamentos holísticos de purificação física e espiritual.

James Ray, que chegou a ser entrevistado nos conhecidos programas de TV de Oprah Winfrey e Larry King, se entregou à polícia no escritório de seu advogado e foi levado preso.

As mortes ocorreram durante um evento de cinco dias chamado de "Guerreiro Espiritual", promovido no Centro de Retiros de Angel Valley, em outubro do ano passado, cerca de 180 kmo norte de Phoenix.

Na ocasião, o grupo participava de um ritual em uma sauna, quando várias pessoas começaram a passar mal. Além de longas sessões na sauna, o evento incluía um jejum de 36 horas.

"Este foi um acidente terrível, mas foi um acidente, não um ato criminoso", disse seu advogado, Luis Li, acrescentando que Ray acredita que sua inocência será provada.

"James Ray cooperou com cada passo da investigação, apresentando informações e testemunhas para as autoridades, mostrando que ninguém poderia ter previsto o acidente", disse Li.

Segundo o New York Times, Ray é presidente de uma empreendimento multimilionário "que promete a seus seguidores um caminho para 'riqueza harmônica em todas as áreas de sua vida'".

Desidratação
Serviços de emergência foram chamados ao rancho onde foi realizado o evento no dia 8 de outubro, depois que cerca de 50 pessoas disseram estar sentindo dificuldades para respirar.

Os participantes estavam reunidos em uma sauna tradicional, usada por índios americanos em rituais, em uma estrutura de madeira coberta de plástico e cobertores. No interior, havia pedras quentes onde era jogada água, para gerar vapor.

Várias pessoas passaram mal durante a sessão de mais de duas horas, chegando a vomitar no local.

Dois participantes desmaiaram durante a cerimônia e morreram mais tarde, na mesma noite. Um terceiro participante morreu uma semana depois, após entrar em coma.

Dezoito pessoas foram levadas ao hospital sofrendo de sintomas que iam da desidratação à falência nos rins.

Alguns dos participantes disseram que Ray encorajou as pessoas a continuar a participar da cerimônia, apesar de algumas terem passado mal.

As informações são de que alguns dos participantes pagaram até US$ 9 mil (cerca de R$ 16 mil) para participar do evento.

Andrea Pucket, cuja mãe, Liz Neuman, 49 anos, morreu no evento, disse estar aliviada com a prisão de Ray.

"Ajuda o fato de ele estar, por agora, sendo impedido de fazer o que vinha fazendo, de prejudicar outra pessoa, e este é o maior alívio para mim e minha família agora", disse ela à agência de notícias Associated Press.

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domingo, 24 de janeiro de 2010

Filme "A Onda" retrata a criação de grupos autocráticos



Para todos aqueles que gostam de estudar a Psicologia Social, formação de grupos, legislação interna, identidade social e até os meandros da criação de torcidas organizadas, não deixem de assistir este filme!

O recente filme alemão, A Onda (Die Welle), proporciona ao espectador uma reflexão sobre a origem do pensamento totalitário. As ideias de união e de igualdade podem ser utilizadas para reais transformações. Ocorre que são destas mesmas ideias que se originam o ódio, a exclusão e a violência gratuita.
Ajudar um colega de classe, com o estereótipo de “bobão”, a se safar da agressão de outros é em si uma atitude boa, até louvável. O homem movido pelo espírito de grupo é capaz de realizar benefícios inimagináveis. Há, entretanto, um diferencial que necessita de observação.
“É possível que o totalitarismo volte à Alemanha?”, pergunta o professor Rainer no filme. Os alunos da classe de autocracia discordam. Para eles a Alemanha está mais civilizada e seria impossível que pessoas aderissem alguma ideia com tanto fervor.
Contra estas respostas, o professor começa a instaurar na sala de aula uma ampla disciplina. Com a disciplina vem a uniformização. Todos vestidos iguais eliminam as diferenças. Não haveria disputa por quem se veste melhor. A aluna Karo é logo deixada de lado por vestir vermelho, visto que não acha que a cor branca lhe cai bem. Uniformizados e disciplinados, o grupo escolhe um nome: A Onda, e logo estão com logotipo e página no Myspace. Até o momento o que foi extraído dos alunos foi uma ideia de união. Alunos começam a participar das aulas como nunca participaram.
É interessante notar o paralelo com qualquer início de outro grupo. Há uma ideia de pertencer a uma fraternidade. A ajuda mútua também pode ser encontrada nos punks, rappers, skatistas, skinheads, ou simplesmente nas escolas onde a turma A joga contra a turma B. No exemplo da escola, brigas acontecem devido a algum resultado ou por uma má interpretação de quem arbitrou o jogo. O coletivo exerce enorme força sobre o indivíduo (poderíamos até nos alongar e falar sobre as torcidas organizadas que agem diversas vezes de forma inconsciente).
Meu intento, neste breve texto, é falar sobre outro tipo de grupo. O problema aqui é demonstrar que já existe uma “onda” no Brasil. Estou falando do MNN (Movimento Negação da Negação). O MNN, conhecido pelas campanhas do Fora Lula e do Voto Nulo, é de origem trotsquista. Refutam o PSOL, o PSTU, o PT, e todos os partidos de “esquerda” nacionais. Numa primeira vista, nada mais seria do que um grupo de pessoas querendo fundar um partido que fosse verdadeiramente contra o capitalismo e que defendesse o fim da fome, da miséria, do desemprego e da barbárie.
O que fica implícito é que a barbárie não passa de um termo usado pelo movimento por pura demagogia. Afirmo isto pois o termo tem origem na palavra bárbaro, originalmente utilizada para os povos não civilizados. O fim da barbárie seria o fim do agir irracional. Significa terminar com as atitudes que impedem que os indivíduos vivam de forma civilizada, isto é, protegidos contra coerção e agressão. O termo é intensamente demagogo, pois o caminho para o socialismo é o caminho da coerção. Como terminar a barbárie se na transição socialista há a ditadura do proletariado?
A única maneira desta coerção ser amplamente aceita é através da disciplina, ordem, ideologia e uniformização (necessárias aos totalitarismos). Não tenho provas e a afirmação a seguir é apenas um relato. Uma pessoa frequentou reuniões do MNN. Após algumas conversas e discussões um membro do grupo se dirigiu a esta pessoa e disse: “Se você quiser, não precisar mais vir. Você pensa de mais”. Pensar muito é característica, a meu ver, do que é civilizado. Combater a barbárie é combater que se atue apenas por impulso. Isto o MNN não o faz.
As ações do MNN (em São Paulo) incluem: pichação de prédios públicos e privados, depredação de prédios públicos (na USP) e incitação de violência (para que exista coerção policial em manifestação pacíficas). Isto definitivamente não é lutar contra a barbárie.
Entre A Onda e o MNN há uma enorme ponte que incita o ódio aos que pensam diferente. Do ódio inculcado ao ato de agressão há poucos passos. Uma massa que repete citações de Marx e Trotsky, e é levada a não pensar, pode realizar desde atos de ajuda mútua a colegas trabalhadores até atos terroristas. Importa saber qual é o caminho que pensamos em seguir.
O filme afirma o que inteligentemente Hayek chamou de O caminho da servidão. Ao erradicar as diferenças e inculcar o espírito de grupo, o homem perde sua individualidade. Obedecer às ordens é o que lhe resta. O poder escolhido ou imposto irá determinar o que vestir e como se comportar. Todos os não adeptos devem aderir à causa e os “traidores” devem ser punidos.
É contra este tipo de proposta política de dominação que existem os que defendem as liberdades individuais. Defendê-las não é ser egoísta, como insistem em afirmar nossos críticos. Defender as liberdades individuais é impedir que as atrocidades do totalitarismo (seja nazista, fascista ou socialista) voltem a assombrar a menor minoria (como dizia Ayn Rand), a saber, o indivíduo.

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sábado, 23 de janeiro de 2010

Torcida sueca usa funk carioca como canto


Na onda da globalização, não é só o Brasil que dança ao som do funk. Na Suécia, o estilo dos morros cariocas virou canto de torcida. Os torcedores do Djurgardens, inspirados no filme Tropa de Elite, adaptaram a música Rap das Armas, que faz parte da trilha sonora do longa-metragem, e embalam seus jogadores entoando o canto. Resta saber se os frios europeus tem o molejo para não só colocar o gogó para funcionar, mas também para dançar ao som do “batidão”.
Clique aqui para assistir o video

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Depressão e síndrome do pânico podem ter influência espiritual

Site TERRA - www.terra.com.br



"Tudo começou na rua 25 de março, em frente à Ladeira Porto Geral. Senti uma palpitação profunda, falta de ar, uma sensação de que iria morrer, e pior, impotência para pedir socorro ou tomar decisões". Essa foi a descrição dos sintomas que a secretária Marcia Sato, 40 anos, sentiu em sua primeira crise de pânico no centro da cidade de São Paulo. Assim como ela, diversas pessoas na atualidade passam por esses e outros problemas que envolvem a mente.
A síndrome do pânico, a depressão e outras doenças psíquicas podem ter como causa outros fatores que não os físicos, segundo a doutrina espírita. De acordo com Renato Barioni, professor do tema no Centro Espírita Irmã Scheilla, nosso cérebro estaria sob influência de um espírito. "Por sermos entidades espirituais 'temporariamente encarnadas', estamos sujeitos a toda influência espiritual benigna de nossos bem feitores, ou até mesmo de irmãozinhos da oposição", disse.

Por que esses espíritos desencarnados causariam essa desordem? Os motivos são diversos. Eles podem ser espíritos obsessores por alguma inimizade de vidas passadas, e as pessoas podem também atrair energias por uma manifestação de mediunidade. De qualquer maneira, o espiritismo defende que é sempre um aprendizado passar por esses obstáculos. O fundamental é que todos mantenham o pensamento voltado para o bem e para a caridade, assim não entram em sintonia com essas baixas energias.

Após a primeira crise de pânico, Marcia decidiu enfrentar o problema. Ela procurou ajuda médica, fez exames e começou a tomar antidepressivos. "Eu era contra tomar remédios, mas foi preciso, do contrário, não sairia da crise", afirmou. Muito curiosa e preocupada com seu problema, Márcia começou a pesquisar na internet tudo relacionado ao tema, e através de artigos e conhecidos percebeu que poderia ter algo de anormal envolvido. Depois de seis meses tomando medicamento, ela foi a um centro espírita e explicou sua situação. Lá ela levou passes especiais (fluidoterapia). "Há cinco anos e meio frequento centros espíritas e posso dizer que minha vida voltou 95% ao normal. Acho que essas doenças são uma mistura de causas química, comportamentais e espirituais. Devemos cuidar dos três."

O professor Renato Barioni explica como é feito o tratamento espiritual. "O tratamento sempre é feito em etapas, com amor e dedicação. Primeiro a pessoa passa por um atendimento fraterno, que visa mensurar o problema e definir o melhor tratamento. Então a pessoa é encaminhada ao tratamento desobsessivo, quando for o caso, que incluí reposição de energias e até cirurgias quando necessário. Mas tudo isso não será permanente se a pessoa não mudar seus hábitos. Só conseguimos isso com a re-educação e entendimento da sua condição de espírito reencarnante. A pessoa deve estudar e praticar a caridade como profilaxia e defesa", afirmou.

Geralmente as pessoas procuram o tratamento espiritual depois de não encontrarem respostas e soluções nos recursos da medicina. O médico Franklin Ribeiro, psiquiatra, professor de psicologia médica da faculdade de medicina da USP e conselheiro do Hospital Psiquiatra Espírita João Evangelista, acredita neste tipo de tratamento. Apesar de muitos médicos ignorarem a questão, já existem avanços e linhas de pesquisas relacionadas ao tema. "De um modo geral os médicos não acreditam nisso. Eles enxergam a doença somente no cérebro. Em casos de transtornos muito acentuados, quadros diferentes, esses mesmos colegas médicos enviam o paciente para mim, perguntando: Será que é algo mais?", disse.

O médico leva seu conhecimento espiritual para dentro do consultório. Ao receber o paciente realiza a anamnese, espécie de entrevista, onde faz abordagens sobre a vida da pessoa, o contexto onde está inserida, e pergunta inclusive se tem alguma religião e qual o grau de envolvimento com ela. O segundo passo, e decisivo, é fazer uma série de exames para verificar se a doença não é realmente química, metabólica, ou até mesmo um quadro de repetições da mesma doença no histórico da família. Quando todas essas abordagens não funcionam bem, ele conversa com a pessoa e recomenda um tratamento espiritual. "Tenho a visão médica, psicológica e espiritual bem clara. Sei separar uma coisa da outra. Os exames são de suma importância. Não podemos relacionar tudo o que é doença com o espírito. O tratamento espiritual é complementar e não alternativo", afirmou.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Trânsito no Ano Novo

Pessoal, o trânsito em Santa Catarina estava realmente muito complicado. Sobrou tempo para prestar atenção nos anuncios da estrada. Vejam:

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As lições do Haiti e dos haitianos (Taeco Toma para site do Terra)

Ainda não saímos das tragédias. Desta vez, as cenas de Haiti estampam a nossa mídia. Cenas de horror. Como aquelas que os jornais estamparam as primeiras páginas mostrando amontoados de mortos espalhados pelas ruas, nos dias seguintes à catástrofe. E também as imagens de saques e violências populares, qualificadas como "incivilidades".

As imagens colam. Haiti, graças às essas divulgações midiáticas, tornou-se sinônimo de catástrofe. Jogado ao isolamento e ao esquecimento pela França e outros impérios escravocratas, por medo da disseminação de rebeliões negras, o Haiti só é lembrado pelas suas desgraças: terremotos, furacões, golpes militares, pobreza, fome e miséria. A mídia não cessa de informar que se trata do país mais pobre das Américas.

Na ocasião da queda do governo de Jean-Bertrand Aristides, quando o ex-padre foi exilado pelos franceses e norte-americanos na África (2004), os haitianos denunciavam o preconceito da imprensa: "Não admito que o Haiti seja o país mais pobre da América; ele é o país mais empobrecido, pois, ainda hoje, guarda muitas riquezas naturais que não estão sendo exploradas, como a coragem e a determinação do povo, sua alegria, o clima, a natureza, as praias, os lugares históricos, etc.", retrucava o estudante haitiano Dudley Mocombe (Contraponto, 20/09/2004).

As atuais imagens sensacionalistas podem reforçar ainda mais o preconceito contra os haitianos. Agora, também como selvagens incivilizados, além de pobres e negros. A horda primitiva que se desperta nos momentos de extrema necessidade e de sobrevivência.

Márcio Gagliato - mais uma vez apelo às suas observações e críticas, pela suas experiências em serviços humanitários - condena a idéia, amplamente divulgada por setores da mídia de que a sobrevivência em situações como essa gera a perda de civilidade. "Não concordo com a tese de que a luta pela sobrevivência anula a civilidade", enfatiza Márcio. "Citei exemplos como o do tsunami de 2004, onde a mobilização interna surpreendeu a comunidade internacional. Relatos dos colegas que estão no Haiti estão horrorizados com esse sensacionalismo que a mídia está fazendo sobre os saques. Pelo contrário um relatório oficial e interno relata que a maioria da população haitiana está mobilizada na procura e ajuda dos sobreviventes".

Do outro lado, Pétria Chaves, da CBN lembrou em uma entrevista que a tendência das pessoas é recusar-se a ver tragédias estampadas nas telinhas e nos jornais, principalmente na época do Ano Novo, como ocorreram neste início de 2010. Vamos pensar que essa recusa não seja apenas uma negação da realidade. Porque há um exagero nas exposições das vítimas. Como Gagliato enfatizou, é importante não vitimizarmos mais ainda as vítimas. Principalmente o Haiti e os haitianos.


Taeco Toma Carignato é psicóloga psicanalista e jornalista. Doutora em psicologia social (PUC-SP) e pós-doutora em psicologia clínica (USP), é pesquisadora do Laboratório Psicanálise e Sociedade (USP) e do Núcleo de Pesquisa: Violência e Sujeito (PUC-SP).

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cônsul do Haiti diz: " a tragédia está sendo boa" (site TERRA - www.terra.com.br)

Sem saber que estava sendo gravado pela reportagem do SBT Brasil, o cônsul do Haiti no Brasil, George Samuel Antoine, afirmou ao que a tragédia causada pelo terremoto que atingiu o Haiti está sendo boa, pois traz visibilidade ao consulado. "Desgraça de lá está sendo uma boa para a gente aqui, fica conhecido", disse.

O cônsul, que tem cerca de 100 parentes no Haiti e ainda está sem notícias deles, criticou a religião africana. "Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f...", afirmou.

Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. O presidente haitiano, René Préval, afirmou que pelo menos 7 mil pessoas mortas no terremoto já foram enterradas em uma vala comum. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

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