Onda de suicídios no futebol mundial

Após o suicídio do goleiro titular da seleção da Alemanha, Enke, desta vez foi o jogador brasileiro Marcelo da Silva Moço que interrompeu sua vida durante passagem pelo futebol austríaco.
A depressão e as crises de melancolia estão associadas com distúrbios de ansiedade crônica e dificuldades em assimilar uma nova identidade e status social, econômico e cultural.
Ainda assim, muitos dirigentes e treinadores insistem em não reconhecer o trabalho psicológico nos clubes. Até quando?

Abaixo, matéria divulgada no site do Globo Esporte.

O jogador brasileiro Marcelo da Silva Moço, de 30 anos, se suicidou no domingo em casa, na localidade austríaca de Parndorf, ao leste de Viena, por razões desconhecidas, informou a Polícia austríaca. Antes de se enforcar no porão de casa, o meia tinha se reunido no sábado com a equipe para comemorar a vitória por 6 a 0 contra o Wilfeinsdorf, um time local. Marcelo era irmão do jogador Marco Aurélio, o Jacozinho, que já jogou em Ponte Preta, Matonense, Flamengo, São Caetano e Sport.

Marcelo, que começou sua carreira nas bases do Flamengo e jogou no União São João, Portuguesa Santista, Blooming (Bolívia), Matonense e Rabotnick (Macedônia), jogava desde janeiro de 2007 no clube da segunda divisão austríaca Parndorf, e em meados do ano foi transferido ao ASK Bruck-Leitha.

A imprensa local informou que, no sábado passado, Marcelo foi detido em um controle de trânsito pela Polícia quando dirigia embriagado, e perdeu a licença para dirigir.

Aparentemente, o brasileiro - que tinha se divorciado e tinha uma filha de 8 anos no Brasil - estava com saudade de seu país e queria ver a menina, e deveria viajar para casa em 6 de dezembro.

Johann Schneider, dirigente do Parndorf, disse a um jornal local a namorada do brasileiro informou à Polícia sobre o ocorrido.

A morte do jogador ocorre a menos de duas semanas do suicídio do goleiro da seleção alemã Robert Enke, que sofria de depressão, em meio a rumores de que o brasileiro pudesse ter a mesma doença.